Crise do Capitalismo e da Segurança
Bem, nem sei por onde começar. Vamos por partes. Primeiro, sem dúvida, o que me fez parar a minha leitura normal de autocarro foi a frase "A crise do Capitalismo". Não é normal ouvir assim frases destas, principalmente quando se viaja no 56.
A senhora, educada, culta e já com os seus 50 e muitos anos, referia-se à nacionalização (e/ou salvamento e/ou resgate), dos gigantes Bancos Hipotecários Norte-Americanos Freddy Mac e Fannie Mae e ao patrocínio da Reserva Federal Americana (
No segundo comentário do castiço Sr.60 este referiu a sua preocupação de actualmente passear à noite em Portugal. Dizia ele: - “Não é medo, é apenas uma ligeira preocupação” -. Depois explicou o porquê. “Como é possível que uma pessoa seja baleada (3 vezes) dentro da esquadra, por um indivíduo sobre o qual ia apresentar queixa, e a este, mesmo tendo tentado fugir, é lhe aplicada como medida de coacção: Termo de Identidade e Residência” - dizia ele. Fiquei parvo. Ficamos todos no escritório. Ninguém acreditou e disseram-me que isso seria impossível. Afinal como aqui se prova, este país está parvo.
Não posso deixar de me preocupar com o futuro, extrapolando a partir da história negra da ditaduras e ideologias extremistas que surgiram no passado. Ora vejamos: crise financeira internacional, intervenção do Estado como salvador, crise de segurança, policias e politicas fracas, emprego precário, nascimento de super potências sem especial preocupação de Estado Social e com necessidade voraz por recursos naturais (petróleo e afins…). Humm… cheira-me a esturro.
Aliás, tresanda a esturro: Indústria americana de armamentos floresce e ignora crise financeira global
Realmente não consegui fazer grandes piadas neste post. Mas também não é para menos… A coisa está preta…